A ordem de serviço da obra foi empenhada e será assinada ainda essa semana, já as obras terão início na próxima segunda-feira (21/10). O valor da obra ficou em pouco mais de R$ 137 milhões, conforme publicado no Diário Oficial no dia 14 de outubro, com execução do Consórcio Ponte Paraíba do Sul, formado pelas empresas Premag, Líder e Imbeg, para execução das obras de construção da ponte que vai ter 1.344 metros de comprimento e 16,20 metros de largura. Todo o recurso é do governo do estado, sem a participação dos municípios.
Já estão sendo feitas as marcações e as máquinas devem ser levadas para os canteiros de obras ainda esta semana. Pelo menos duas áreas deverão ser desapropriadas, mas segundo Ivan do Amaral não haverá problema, já que já foram realizados contatos com os proprietários das terras.
A previsão é para que toda a obra leve 12 meses, para acelerar a construção da nova estrutura serão montados dois canteiros de obras, um do lado de SJB e outro em SFI. Sobre a possibilidade de atrasos o grupo informou que só em caso de cheias.
No aspecto econômico regional destacou-se que a estimativa é de que cerca de 60 mil veículos trafeguem pela ponte por ano.
Ao ser indagado de por que não haver o aproveitamento dos pilares construídos há cerca de 30 anos, o diretor da divisão de Campos do DER justificou que os mesmos teriam sido planejados para um local indevido, além da economia com a nova estrutura sendo menor do que a primeira.
“A estrutura antiga nós nem estudamos. O problema da ponte antiga é que teria que ser feito seguindo as orientações dos órgãos ambientais. Não poderia haver empecilho algum entre os dois diques do Rio Paraíba, como aterro, e para isso teria que ser feito um viaduto de dique a dique, e aproveitando os pilares daria um viaduto em torno de sete quilômetros, o que se tornou inviável nessa posição. Puxamos a ponte pra cima e arrumamos um lugar que será possível fazer de dique a dique com 1.300 metros, ou seja, bem mais barato do que fazer uma de sete quilômetros. O grande problema que inviabilizou a utilização dos pilares antigos é que está dentro de uma curva hidráulica do rio, o que tecnicamente não é viável, além de não poder ter aterro até os diques, o que complicou bastante. Uma ponte de 1.300 metros custa R$ 130 milhões, imaginem uma de sete quilômetros?”.
Duas novas rodovias, que não fazem parte do mesmo projeto, serão viabilizadas, mas ainda não foram licitadas. Estão ligadas diretamente ao funcionamento da ponte, já que vão servir de acesso direto.
A ponte do lado de São João da Barra sairá direto na BR-356 com acesso as rodovias estaduais, RJ-240 e ainda a RJ-196, as duas com ligação ao Superporto do Açu, onde, portanto, não haverá necessidade de novas intervenções e obras.
Já pelo lado de São Francisco de Itabapoana o que se tem é uma estrada de chão, e será feita pelo DER uma estrada de 14 metros de largura, em cima do dique que já existe. Esta construção estará ligando a RJ-194, a estrada da Usina São João (continuação da Beira Rio, em Campos) e a da ponte chegará já na RJ-196, em SFI, com acesso a Gargaú e outro para chegar ao Estado do Espírito Santo.
Ainda sobre os longos anos até a concretização da obra, Ivan Figueiredo ressaltou: “O que houve na verdade agora foi que o Estado se sensibilizou”.
A coletiva foi realizada na sede da Prefeitura Municipal de São João da Barra, onde participaram ainda com a presença do prefeito Neco, além de secretários e vereadores.
Fonte: Ururau
Fotos: Secom-SJB / Ururau / Blog do Paulo Noel
Matéria extraída do Blog do Paulo Noel
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