Levantamento do Centro de Referência da Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, aponta que entre os meses de janeiro e março, o número de atendimentos aos pacientes com quadros de cálculos renais aumenta 30%.
O problema é mais comum no verão, pois as pessoas transpiram mais e acabam ingerindo menos líquido do que o necessário para hidratar o corpo.
Além disso, na época de férias, os cuidados com a alimentação costumam ser deixados de lado e a ingestão de alimentos industrializados e de petiscos como amendoim, castanha-do-pará, calabresa e camarão facilitam a formação das pedras.
O urologista Fábio Vicentini, médico chefe do ambulatório de litíase (cálculo) renal, explica que estas refeições são ricas em sódio e cálcio e devem ser consumidas com moderação, principalmente por indivíduos propensos a doença, que atinge duas vezes mais os homens do que as mulheres.
Os frutos do mar ainda contêm altas doses de ácido úrico, um dos responsáveis pelo desenvolvimento dos cálculos renais.
A obesidade também está ligada ao problema, já que os pacientes com índice de massa corporal elevado podem apresentar mais cálcio e ácido úrico na urina.
A recomendação para combater a doença ao longo do ano todo, portanto, é ingerir bastante água – em torno de dois litros por dia –, e outros líquidos como os sucos naturais de melão, laranja e limão. Estas frutas contém citrato, substância que contribui para o bom funcionamento renal.
Além disso, é importante reforçar que o sal (cloreto de sódio) continua sendo o maior vilão dos rins. Use o mínimo possível do tempero no preparo dos alimentos e, sempre que possível, dê preferência a ervas naturais – salsinha, cebolinha, limão e orégano, por exemplo – que adicionam sabor e aroma as refeições. Os especialistas ainda alertam que o famoso chá de quebra-pedra não faz milagres.
O urologista Cláudio Murta ressalta que o que ajuda a dissolver e eliminar a pedra é a água do chá e não suas folhas. É importante tomar cuidado ao preparar estas bebidas, pois as ervas podem causar intoxicação se utilizadas em excesso.
Em torno de 15% da população apresenta cálculos renais. Em 85% dos casos as pedras são pequenas e expelidas naturalmente, pela urina. O restante dos pacientes apresenta dores fortes e infecções e necessita de tratamento medicamentoso ou de intervenção cirúrgica. A chance de reincidência da doença também é grande – metade dos doentes volta a ter e alguns sofrem ainda pela terceira vez.
Por isto, finaliza Vicentini, é extremamente importante que os pacientes que tiveram cálculo renal procurem o médico para fazer o acompanhamento e evitar novas crises.
Fonte: Uol
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