A rede estadual de saúde fluminense ganhará, em breve, a primeira unidade especializada em transplante de órgãos. Um hospital federal será estadualizado para atender ao crescente aumento do número de doadores no estado. Enquanto a reforma desta unidade não for concluída, o Instituto do Coração Aloysio de Castro (IECAC) ficará responsável por transplantar corações, rins e pâncreas.
Prestes a completar dois anos de criação, o Programa Estadual de Transplantes (PET) triplicou a relação de doadores no estado. A média, que era de 4,4 doadores por um milhão de habitantes, passou para 13,9, colocando o Rio de Janeiro na 6ª posição no ranking nacional de doação, liderado por Santa Catarina e São Paulo. O número está acima da média nacional, de 11 por milhão.
Nos dois primeiros meses de 2012, foram cadastrados 40 voluntários, sendo que cada um doa, em média, três órgãos. A expectativa é que o número de transplantes ultrapasse 220 em 2012, contra os 121 realizados no ano passado.
Para tornar o programa mais efetivo, cerca de 100 profissionais passaram por uma capacitação reaizada em convênio com a Universidade de Barcelona, na Espanha. Uma central de atendimento, o Tele-transplante, que atende pelo número 155 para o esclarecimento de dúvidas e comunicação de doadores, além da construção de uma nova sede do PET, anexo ao prédio da Defesa Civil, também possibilitaram o bom funcionamento do programa.
O secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, afirmou que o número de doações aumentou, mas ainda existe a necessidade de encontrar hospitais preparados para realizar as cirurgias.
"Fizemos um acordo com o Ministério da Saúde e um hospital federal será cedido ao estado para realizar esses transplantes. Enquanto isso, o Iecac ficará responsável por essas cirurgias. Firmaremos ainda um termo de cooperação técnica para dar suporte e podermos avançar. Acredito que até o fim do ano,a central do Iecac já esteja funcionando e possamos receber esse grato aumento de doadores", falou Côrtes.
Segundo o coordenador da Central Estadual de Transplantes, Eduardo Rocha, as unidades que mais captarem órgãos serão premiadas pela Secretaria de Saúde. O destaque de 2011 foi o Hospital Estadual Getúlio Vargas.
"O Brasil melhorou muito em relação ao número e a qualidade dos transplantes e felizmente o Rio de Janeiro avançou ainda mais. Estamos fazendo a nossa obrigação, mas queremos melhorar muito ainda. Sem doadores não há transplantes, por isso nosso esforço será o sentido de aumentar a captação", disse Rocha.
Fonte: Agenciario.com
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